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Abertura do Ano da Vida Consagrada no Brasil

em 01/12/2014 | 00h00min

Abertura do Ano da Vida Consagrada no Brasil

O Ano da Vida Consagrada no Brasil, foi oficialmente aberto  na tarde do domingo, 30, por meio de uma Celebração Eucarística, transmitida pela Rádio Canção Nova, que contou com a participação de fiéis leigos e cerca de 400religiosas e religiosos que lotaram o Santuário Dom Bosco, em Brasília.

O vice-presidente nacional da CRB, Irmão Jardelino Menegat, motivou a abertura da Celebração Eucarística.  Ao mencionar o  tema do Ano da Vida Consagrada proposto pelo Vaticano, Irmão Jardelino ressaltou que  “o  Papa nos convida a renovar nossa fidelidade ao Evangelho, a reavivar o dom da profecia, e a fortalecer em nós a esperança,para vivenciarmos o hoje da humanidade”. 

Irmão  Jardelino enfatizou, ainda, que  a proposta do Papa para que os religiosos despertem o mundo, depende  de um processo de conversão e de escuta atenta por parte dos consagrados. “O povo despertará quando vir um novo rosto de Vida Consagrada, com atitudes e gestos novos, quando vir que as novas gerações e as antigas se complementam e mutuamente sustentam; quando nos virem felizes na simplicidade, no serviço, na qualidade humana de nossos procedimentos. Despertaremos o mundo quando formos ao seu encontro, e o tocarmos com a ternura e a alegria de uma mãe, um pai, uma irmã e um irmão”, garantiu.

O presidente da Celebração, o arcebispo de  Palmas e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom Pedro Brito  Guimarães, declarou oficialmente aberto o Ano da Vida Consagrada nestas palavras: “Em nome da missão que me foi confiada, declaro aberto o Ano da Vida Consagrada”.

Em sua homilia, dom Pedro destacou três primados, que para ele, devem fundamentar o Ano da Vida Consagrada. O primado de Deus,  que  ele assinala como  Coração da Vida Consagrada. “A primazia deve ser dada a Ele. É a confirmação de que Deus preenche a nossa vida de presença,  de sentido  e de alegria. Ele é o oleiro e nós o barro que o artista divino deve modelar com amor”. O segundo  primado é  da Igreja porque a  Vida Consagrada é o coração da Igreja. “A graça, o carisma que Deus concedeu aos fundadores  e às fundadoras das obras que os senhores e as senhoras são incumbidos de cuidar é eclesial, é para o bem de toda a comunidade. O Ano da Vida Consagrada deve ser o Ano da maternidade da Igreja.Os sofrimentos, as dores, as cruzes, as luzes, as alegrias, as esperanças, os prazeres e as vitórias da Igreja devem ser os sofrimentos, as alegrias, as cruzes, as luzes, as esperanças, os prazeres e as vitórias da Vida Consagrada”,afirmou.

O terceiro é, segundo dom Pedro,o primado do homem e da mulher. “O coração da Vida Consagrada bate  no ritmo do caminhar da humanidade. A Vida Consagrada é um dom para o mundo. O senhores e as senhoras são chamados a carregaras cruzes do mundo, que, ao mesmo tempo, são sinais de dor e sofrimento, mas também de esperança e de alegria, pois afinal, a cruz de Cristo é sempre pascal”.

Dom Pedro, recordou, ainda, as palavras do Papa Francisco aos participantes da Assembleia da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, do Vaticano, quando adverte os Religiosos a não terem medo de reformar hábitos  e estruturas que já não respondem ao que Deus pede hoje para o Reino, isto é, “as estruturas que nos dão falsa proteção e que condicionam o dinamismo da caridade; costumes que nos afastam do rebanho ao qual somos enviados e nos impedem de ouvir o grito daqueles que aguardam a Boa Nova de Jesus Cristo”.

O Papa Francisco, continuou dom Pedro, sentenciou sobre alguns  desafios que os Religiosos devem vencer neste Ano da Vida Consagrada: “a resistência  de alguns setores às mudanças, a pouca força de atração, a fragilidade de alguns percursos deformação, o interesse por cargos institucionais e ministeriais em detrimento da vida espiritual, a difícil integração das diversidades de  cultura e de geração e o problemático equilíbrio do exercício da autoridade e do uso dos bens”, concluiu.

Ao final da Celebração Eucarística os Religiosos e Religiosas participaram de um momento de confraternização no subsolo do Santuário.

Fonte: Redação