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Palavra de Ir. Ana Teresa

em 17/05/2017 | 00h00min

Palavra de Ir. Ana Teresa

Inspetoria Nossa Senhora da Penha  -  RJ/ES – Circ. 05/2017

Queridas Irmãs,  “O Poderoso fez em mim maravilhas; seu nome é santo e sua misericórdia chega aos fiéis de geração em geração” (Lc 1,49-50)

Maria de Nazaré, quem é esta mulher?

 “Fixando nosso olhar em Maria, descobriremos que aquela que louvava a Deus porque «derrubou os poderosos de seus tronos» e «aos ricos despediu de mãos vazias» (Lc 1, 52.53) é a mesma que assegura o aconchego dum lar na busca de justiça. E é a mesma também que conserva cuidadosamente «todas estas coisas ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19). Maria sabe reconhecer os vestígios do Espírito de Deus tanto nos grandes acontecimentos como naqueles que parecem imperceptíveis. É contemplativa do mistério de Deus no mundo, na história e na vida diária de cada um e de todos. É a mulher orante e trabalhadora em Nazaré, mas é também Nossa Senhora da prontidão, a que sai «às pressas» (Lc 1, 39) da sua povoação para ir ajudar os outros. Esta dinâmica de justiça e de ternura, de contemplação e de caminho para os outros faz d’Ela um modelo eclesial para a evangelização” (Evangelii Gaudium, 288).

Como todas nós, Maria de Nazaré nasceu e viveu num contexto histórico, social, econômico, político, cultural e eclesial tão real quanto o nosso. Ela se torna modelo e referência de mulher para o nosso tempo.

Revisitando as páginas dos Evangelhos vamos encontrar uma mulher simples, engajada na vida do povo e sensível às necessidades dos pobres. Desloca-se para dar assistência à prima necessitada, e na festa de casamento, percebe que falta vinho, e procura meios para resolver o problema, e impedir que os noivos fiquem envergonhados. Movida pelo Espírito, entregou-se totalmente ao projeto de salvação, vivendo sua maternidade até as últimas consequências.

Nos gestos simples do cotidiano está implícito o amor materno e a ternura que viveu aquela jovem mãe ao encontrar-se diante de seu filho. A experiência singular que Maria teve de Deus não diminuiu seu afeto materno; tornou-o mais profundo, revelando sua vida de encontro e de intimidade com seu filho amado. A Virgem fez sua caminhada na surpresa e na obscuridade da fé.

Os evangelistas querem deixar bem claro que Maria disse “sim” ao projeto de Deus, sendo “a pobre” inteiramente disponível à vontade divina. Isto, porém não impede, e nem diminui sua entrega num processo histórico marcado pela surpresa, pelo conflito e pelo sofrimento; tornando-a assim, uma mulher contemplativa da passagem de Deus pela história.

Maria permaneceu junto à cruz, junto a Jesus abandonado por todos como que para dizer-nos que a fé verdadeira se prova e amadurece na escuridão.

O cântico do Magnificat foi declarado pelos documentos de Puebla o “espelho da alma de Maria”, o “cume da espiritualidade dos pobres de Javé e do profetismo da Antiga Aliança” e o “prelúdio do Sermão da Montanha”. Além disso, esse hino oferece uma síntese da espiritualidade cristã em óptica mariológica. Ao mesmo tempo em que nos mostram em Maria um modelo concreto e sublime, nos ajudam a compreender que o que atrai a benevolência de Deus é, sobretudo, a humildade de coração, o reconhecimento da ação de Deus que faz grandes coisas nos pequenos e simples.

O que são essas “maravilhas” realizadas em Maria pelo Poderoso?  

Contemplemos de modo especial, neste mês de maio, as maravilhas que Deus continua realizando em nós e no seu povo e coloquemo-nos numa atitude de louvor, de agradecimento.

Com alegria preparemos o nosso coração para a festa de Maria e com ela cantemos hinos de louvor.

Abraço-as com carinho, Ir. Ana Teresa

Fonte: Redação